sábado, 16 de abril de 2016

me and Catarina at Guimarães

Hoje em dia, fartamo-nos de dar voltas e voltas à nossa cidade e quase nunca com tempo para contemplá-la, como se fôssemos turistas, por exemplo!
Para quem não sabe, Guimarães é uma cidade nortenha no distrito de Braga e foi o primeiro centro governativo do Condado Portucalense, daí ser Guimarães chamada de "Berço da Nação".

De máquina nova em punho, e armados em "turistas", aqui fica o resultado de algumas fotografias que registámos:







quinta-feira, 14 de abril de 2016

News

Espaço renovado, design novo e cheio de ideias novas! Estou mesmo com fé que vou conseguir insistir no blog e não deixá-lo adormecido como sempre foi desde a sua criação até hoje. Aguardem novidades e obrigado!


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

por falar em palavras, eu pergunto-me porque é que tenho blog e não o utilizo

"As palavras têm muito poder, quer sejam boas ou más". Já nem me lembro bem quando e de quem ouvi ou li isto, mas fiquei a pensar. Durante segundos, claro. É uma grande verdade universal (eu sei que verdade universal se poderia traduzir numa só palavra, que por acaso sempre a soube mas agora deu-me a maior das brancas, e então fui ao google e descobri uma quantidade estupidamente enorme de sites brasileiros que se sobrepõem ao sites "tugas", o que acaba por ser ridículo principalmente nestas pesquisas que envolvem dicionários e por aí fora). Mas continuando, as palavras são fortes, claro que são e toda a gente sabe disso, nem se precisa de associar tal coisa à literatura, basta o mais básico do ser humano dizer uma palavra ou um conjunto delas para que seja bestial ou besta em segundos.
Estou agora a pensar se posso afirmar - não são só os grandes senhores do mundo que podem afirmar seja o que for neste planeta - que a força das palavras pode ser superior à força da atitude, se não considerarmos o ato de falar uma atitude, claro. O que vagueia no meu cérebro neste momento é se por exemplo alguém faz algo muito marcante e não fala absolutamente nada, neste caso a atitude é mais forte que a palavra, faço-me entender?
Agora do nada lembrei-me do Pedro Chagas Freitas, e o quão eu adorava ter paciência para ler as coisas dele. Não sei porque me lembrei dele mas pelo que ouvi é muito o género dele falar no "eu" e eu também gosto disso. Aposto que ele sempre teve um diário secreto e que começava com "Querido Eu".
Eu já tive diários, e ficava fulo porque sempre associaram um diário às meninas, e nós rapazes quando queríamos desabafar ou algo do género não podíamos ter um diário? Lembo-me que o meu drama inicial era na primeira publicação como é que lhe deveria chamar. Tenho a sensação que nas primeiras páginas teria muitas invocações a seres/pessoas diferentes, aposto que sim.
E depois também sempre gostei de escrever. E de ler. Não sei o que gosto mais agora, sinceramente. Talvez escrever, porque parecer mais artístico e menos trabalhoso, e na cabeça de muitos é só vomitar o que está na nossa cabeça. Certo. Mas nem sempre é assim.
O resto fica para depois. É bom estar de volta.

E agora uma imagem bonitinha e alusiva ao tema para isto não ficar muito pesado visualmente, porque pronto, tem de ser assim.



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Confusão

Se soubessem quantas vezes eu já tentei parar de pensar em tudo e mais alguma coisa, de certeza que me iam querer internar para me retirar o cérebro. E o mais engraçado é que só usamos 10% dele, o que significa que se pudéssemos usar o resto eu seria de certeza uma dessas pessoas.
Independentemente daquilo que eu penso ou não, sei que estou sempre a mil à hora e às vezes preciso de parar um pouco, a vida simplesmente não pode ser só isto, mas tenho uma boa desculpa: a idade.
Acho, até, que é a única explicação para isso. Estou numa altura tão crítica da vida, em que tudo parece o que é e nada parece o que é.

É uma altura de mudança e sobretudo aquela fase de procura de respostas que toda a gente sabe que um dia irá passar por ela, mesmo que esteja demasiado ocupado com a escola ou com o trabalho ou até com nenhum dos dois. É uma altura em que quero fazer tudo e quero parar para não fazer nada. É uma altura de confusão. Estou naquela parte da vida que finalmente entendo que sou relativamente novo para cometer erros que me prejudiquem para sempre, ou novo para estar preso a algo durante muito tempo. De todas as coisas que quero, acho que a mais importante é viajar

"o amor é uma grande merda, Francisca"
nunca mais me esqueço da frase que mais me marcou num dos livros que li na minha adolescência. e é verdade, só é giro quando é correspondido

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Undo myself



Há meses que não escrevia nada aqui, mas senti necessidade de cá vir só para redigir algo. Acabei de ver uns vídeos sobre as marchas de Quarteira, e fez-me reviver bons tempos que lá passei, porque a minha vida toda sempre foi no Algarve, apesar de ter nascido aqui. Agora apercebi-me que a vida é uma treta e que desde 2006 nunca mais nada foi o mesmo, e que eu nesse tempo é que era realmente feliz porque apesar de pequenas porcarias que eu não tinha, o melhor eu tinha: os meus pais.
A minha irmã nessa altura era criança e via-me como um exemplo, ao contrário de agora que se assume demasiadamente ocupada para querer mandar uma simples mensagem a dizer "hey estás vivo?". A minha mãe nessa altura andava sempre cheia de trabalho mas tinha sempre tempo para os nossos problemazinhos e apesar do feitio intempestivo dela, sempre soube lidar com as várias situações e sempre esteve muito presente. O meu pai sempre foi um pouco mais ausente, sobretudo nos últimos tempos, por causa do trabalho. Só nos víamos realmente ao fim do dia e só saíamos juntos aos domingos (se ele não tivesse trabalho nesse dia).
Lembro-me perfeitamente do ambiente, dos cheiros, das pessoas, do ar que se respirava naquela altura, naquela cidade onde eu vivia, mas claro, eu com 13 ou 14 anos não ligava a isso porque já estava habituado. A vida muda tanto, às vezes em questão de segundos, e as pessoas não têm tempo sequer para se recompor e aceitar, por vezes, algumas mudanças. Eu acho que ainda não aceitei a minha. Acho que sonho ainda com o dia em que volto para o Algarve, para junto dos meus pais e da minha irmã, e volto aos meus inocentes mas problemáticos 13 anos. Volto à minha antiga escola, gozo as minhas férias de verão porque para o ano vou para o 9.º ano. Nesta altura, já me começariam a falar sobre exames e coisas que na altura achamos que seja um - ou até mais do que um - bicho papão, fazendo-nos quase acreditar que a nossa estadia aqui neste mundo depende disso. Nesta altura, o meu corpo já começaria a mudar mais acentuadamente e eu já iria ficar na dúvida se partilharia isso com o meu pai, por ser homem mas por ter menos confiança, ou com a minha mãe, de quem falei sempre sobre tudo (ou quase tudo), apesar de ser mulher. Nessa altura, a minha irmã estaria a iniciar o 1º ano e saber-se-ia lá como estaria a cabeça da minha mãe, que ia estar mais mãe-galinha do que o normal. Eu também iria querer acompanhar o percurso dela, pois o 1º ano é sempre aquele ano de adaptação. No final das aulas e por essa altura, já teria mais responsabilidade pelos meus atos e mais confiança por parte dos meus pais, por isso talvez já pudesse ir com os meus amigos até à praia, que ficava perto da escola.
Tudo seria diferente se nada tivesse acontecido, e agora que penso acho que teria sido melhor do que agora, apesar de hoje também ter bons momentos que guardo.
Viver no Algarve significava para mim um porto seguro, uma parte da minha vida que estava preenchida e que agora não está mais. No lugar da infância e da pré-adolescência que lá passei, surgiu algo que não tem explicação, mas que foi mau a maior parte. A partir de 2006 perdi tudo e não sei se é recuperável. Se for, não sei quando tempo irá demorar até acontecer isso. Não sei. No fundo, sinto-me vazio e acho que por mais e melhor tempo que irei viver, irei sentir-me sempre vazio nesse aspeto. 

sábado, 18 de janeiro de 2014

os outros



A minha vida resume-se a nada. Porra para isto. Estou numa idade em que "indecisão" vacila bastante no meu vocabulário, e ponho em causa tudo aquilo que aprendi, aprendo e irei aprender. Estou na idade em que sei o que é certo mas não sei o que é errado, e isso condiciona-me. A diferença entre ontem e hoje não é nenhuma, o que é grave, porque cada dia deve ser ganho, e não adquirido facilmente. A vida deve ser disputada e não garantida. O mesmo se devia passar com as relações com as pessoas. Deve-se sim estabelecer objetivos a curto e longo prazo, mas evitar fazer planos. Planos não prestam, pelo menos a maioria das vezes. A vida é madrasta e roda o mesmo jogo várias vezes, por isso não queiras ser um peão tonto. Estipula objetivos mas nunca, nunca os tornes como garantidos. Ocupa os teus tempos, porque te queixas mais facilmente se não tens nada para fazer do que propriamente que não tens tempo para não fazer nada. Pelo menos penso assim, de um modo geral e regular, prefiro estar ocupado e agitado por isso, do que a dar descanso ao cérebro. Estipula um fim para toda a tua fase de rebeldia, ou pelos menos abranda. Sim, nunca deixamos de ter o nosso lado selvagem, mas a sociedade e o meio envolvente obrigam-nos a contenções. Exagera-te até ao limite quando to permitirem e acalma-te quando estiveres sem forças.
A vida é o meio termo. E tu sabes que tanto já viveste experiências a 1000 à hora como já estiveste parado. Mas e se tivesses de escolher definitivamente um desses dois caminhos, escolherias algum?