
A minha vida resume-se a nada. Porra para isto. Estou numa idade em que "indecisão" vacila bastante no meu vocabulário, e ponho em causa tudo aquilo que aprendi, aprendo e irei aprender. Estou na idade em que sei o que é certo mas não sei o que é errado, e isso condiciona-me. A diferença entre ontem e hoje não é nenhuma, o que é grave, porque cada dia deve ser ganho, e não adquirido facilmente. A vida deve ser disputada e não garantida. O mesmo se devia passar com as relações com as pessoas. Deve-se sim estabelecer objetivos a curto e longo prazo, mas evitar fazer planos. Planos não prestam, pelo menos a maioria das vezes. A vida é madrasta e roda o mesmo jogo várias vezes, por isso não queiras ser um peão tonto. Estipula objetivos mas nunca, nunca os tornes como garantidos. Ocupa os teus tempos, porque te queixas mais facilmente se não tens nada para fazer do que propriamente que não tens tempo para não fazer nada. Pelo menos penso assim, de um modo geral e regular, prefiro estar ocupado e agitado por isso, do que a dar descanso ao cérebro. Estipula um fim para toda a tua fase de rebeldia, ou pelos menos abranda. Sim, nunca deixamos de ter o nosso lado selvagem, mas a sociedade e o meio envolvente obrigam-nos a contenções. Exagera-te até ao limite quando to permitirem e acalma-te quando estiveres sem forças.
A vida é o meio termo. E tu sabes que tanto já viveste experiências a 1000 à hora como já estiveste parado. Mas e se tivesses de escolher definitivamente um desses dois caminhos, escolherias algum?
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